Grupo de Estudos de Códices Mesoamericanos e Nahuatl

O Centro de Estudos Mesoamericanos, Amazônicos e Andinos da Universidade de São Paulo (CEMAA-USP), visando aprimorar a pesquisa e a formação acadêmica de futuros especialistas na História e Arqueologia da Mesoamérica, deu início, em 2008, ao Grupo de Estudos de Língua Nahuatl e em 2014 ao Grupo de Estudos de Códices Mesoamericanos.

O objetivo do Grupo de Estudos de Língua Nahuatl  é conhecer as principais estruturas gramaticais desta língua falada por diversos grupos indígena da Mesoamérica, para que possamos compreender e analisar textos em nahuatl clássico, isto é, da época da conquista e colonização europeia. A partir de 2012, como os participantes mais antigos haviam visto as estruturas gramaticais básicas, passamos a trabalhar a tradução de trechos das fontes nahuas escritas nos séculos XVI e XVII. Entretanto, para dar aos novos interessados a oportunidade de iniciar os estudos, também nos reunimos para estudar o conteúdo visto nos anos anteriores, baseando-nos no Compendio de la gramática náhuatl, de Thelma D. Sullivan, além de em uma bibliografia de apoio. Também trabalhamos na tradução de trechos de fontes escritas em nahuatl, principalmente do período colonial. O grupo foi descontinuado no começo de 2021 e retomado em 2023. No ano de 2021 duas atividades foram desenvolvidas: um curso de extensão, e a publicação de um artigo”

A conquista de México- Tenochtitlan no Manuscrito 40: a tradução de um texto em nahuatl do século XVI à língua portuguesa


Já o Grupo de Estudos de Códices Mesoamericanos tem como objetivo realizar exercícios de análise dos escritos pictoglíficos pré-hispânicos e coloniais produzidos por indígenas, assim como o estudo dos principais problemas de leitura e interpretação desses manuscritos, sejam dos puramente pictoglíficos ou daqueles que combinam esse sistema de escritura com a escrita alfabética. Com a criação desse Grupo de estudos, o CEMAA visa expandir suas pesquisas sobre a Mesoamérica em mais duas vertentes. Como muitos manuscritos alfabéticos nahuas são estudados no Grupo de Estudos de Nahuatl desde 2008, a primeira vertente a ser explorada pelo novo grupo é, justamente, a do funcionamento dos sistemas mesoamericanos de escritura pictoglífica. E como esses manuscritos procedem de regiões mesoamericanas diversas, a segunda vertente a ser explorada é a do estudo aprofundado de outros povos ou culturas mesoamericanas além dos nahuas, como os maias e os mixtecos.

Com uma nova proposta de organização e mais integrada, os dois grupos se fundiram em 2024, continuando com a análise dos documentos colonias alfabéticos em língua nahuatl e pictoglíficos coloniais e pré-coloniais, além de incorporar discussões teóricas nos encontros, com a discussão de textos selecionados sobre Mesoamérica.